PAZ


Havia um tempo em que as cores eram a parte mais importante do réveillon. Todas passávamos de rosa. Queríamos amor. No máximo um vermelho, paixão. Muito rebelde, passei um ano de preto. Casualmente, foi um ótimo ano.
Adulta, a preparação para o novo ano passou a ser mais reflexiva: avaliar erros, acertos, vitórias, derrotas. Ver o que havia aprendido na confusa dinâmica da vida. Planejar o ano que chega com muitos sonhos a serem realizados.
A reflexão me fez optar por uma nova cor, a mais completa cor para as festas de Ano-Novo: o branco da paz com o preto.
A paz de espírito que alcançamos apenas quando todos que amamos estão com saúde. A paz da consciência tranqüila de fazer apenas o bem. A paz de amar a si próprio mesmo com tantas imperfeições. A paz de sentir-se bem sozinho e aí sim poder estar acompanhado.
A paz como antônimo da guerra. Guerra nos sentidos literal e figurado. A paz que Drummond insistia, com razão, em chamar de “justiça social”.
Que todos tenham um ótimo 2022. Que seja um ano de paz.

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