O retorno
Um pouco acanhada ela perguntou: "abandonaste ao blog?". Respondi um não seco, cheio de dúvidas e meias verdades (ou meias mentiras). Eu não havia escrito sobre sua gravidez, seu chá de fralda, seu aniversário em 1 de dezembro. E ela sentia falta. Afinal, o blog sempre foi o meu espaço de declarar o amor e a dor, a presença e a ausência.
O blog está um pouco de lado, Mari. E eu tenho feito um esforço bem grande para voltar a escrever. Talvez Quintana estivesse certo naquela sentença dura sobre o cigarro e o suspiro (desconfie dos que não fumam, eles não tem vida interior. Talvez ele estivesse tão certo que 10 anos atrás eu tenha escolhido entre parar de tomar o café e dores de cabeça. E tenha deixado os dois de lado quando parei de tomar o café há 10 anos. Foi uma guerra. Valeu cada esforço. Não tenho mais aquelas dores infernais, que me deixavam frágil e caída, sem crer na vida. Só quem estava perto sabe como elas eram frequentes, como me deixavam mal pelo simples fato de abandonar o café definitivamente. Sem o café elas acabaram. Mas também diminuiu, provisoriamente, a minha paixão pela escrita na época...
Calma! Passa, Mari. Passará. Está passando. E se é verdade que, para minha felicidade plena, não te escondo mais atrás de textos tristes (como na abertura do antigo blog) e, portanto, estás menos aqui; também é verdade que seu novo bebê deve colorir muito esse espaço!
Como dentro dessa tua barriga gigante já anima a nossa vida!
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