Dependente
Concluí que tenho tendência ao vício. Quando era guria e gostava da noite, saía quase todos os dias. Lia mais de 50 livros por ano. Quando ingressei na USP nunca me satisfiz em apenas aprender as coisas de lá. Ajudava na área de Solidariedade Internacional à minha grande amiga Ana Maria Prestes.
Na minha vida pessoal, quando me dedico a ler não me interesso por um livro de determinado autor. Tenho que ler todos. Não sou de gostar pouco das pessoas. Ou amo, ou odeio. Quem é meu amigo, tem uma leoa na defesa. Quem não é leal, poucas vezes retoma minha amizade. Ou passo semanas dormindo nas casas de meus irmãos ou semanas sem telefonar. Ou falo, falo, falo... ou me calo.
Quando ingressei em movimentos sociais, nunca me contentei em ser apenas mais um membro. Sempre lutei para prestar contas, fazer debates, estar na rua, conversar com as pessoas, aprender temas novos, me meter onde não era chamada...
Agora tento conversar mais com meus amigos. Mantenho meu Instagram, ando com o smartphone... Criei o blog. Prometi que seria exclusivamente pessoal. Mas o que posso fazer? Eu sou todos os meus vícios! Eu sou os meus defeitos! Esse espaço também me gerou dependência...
Fico feliz ao ter notícias de amigos, triste se não há nada de novo no front...
Não me bastasse todos os meus antigos vícios criei mais um.
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